A Apple está investindo em tornar os robôs domésticos inteligentes mais amigáveis. Pesquisadores da empresa desenvolveram uma nova estrutura, chamada ELEGNT, que promete dar aos robôs movimentos mais naturais e expressivos. O objetivo é que, no futuro, os robôs pareçam mais companheiros do que máquinas, facilitando a interação em lares e locais de trabalho.
ELEGNT: A chave para robôs mais expressivos
O novo estudo da Apple, divulgado no arXiv, apresenta o Expressive and Functional Movement Design (ELEGNT). Essa estrutura permite que os robôs transmitam intenções, emoções e atitudes através de seus movimentos, e não apenas realizem tarefas funcionais. Imagine um robô que não só serve um copo de água, mas que faz isso de uma forma que demonstre cuidado e atenção.
A equipe de robótica da Apple explica que, para uma interação mais natural, os movimentos dos robôs devem integrar qualidades expressivas como intenção, atenção e emoções, junto com as funções tradicionais como eficiência e restrições espaciais. É um passo além da simples programação de tarefas, buscando uma comunicação mais intuitiva e humana.
Para testar a nova estrutura, os pesquisadores utilizaram um robô com o formato de uma luminária, que lembra o personagem Luxo Jr. da Pixar. Equipado com um braço robótico de seis eixos e uma cabeça com luz e projetor, o robô foi programado com dois tipos de movimentos: os puramente funcionais e os expressivos, criados para comunicar seu estado interno.
Como uma luminária inspirou emoções robóticas
O estudo da Apple focou em um robô com design de luminária, inspirado no personagem Luxo Jr. da Pixar, usando um braço robótico de seis eixos e uma cabeça com luz e projetor. Os pesquisadores programaram o robô com movimentos funcionais e expressivos, estes últimos projetados para comunicar o estado interno do robô.
Os testes com 21 participantes mostraram que os movimentos expressivos melhoraram significativamente a interação e a percepção do robô. Esse efeito foi mais evidente em tarefas sociais, como tocar música ou conversar, e menos impactante em tarefas puramente funcionais, como ajustar a iluminação. Imagine um robô que, ao invés de simplesmente tocar uma música, dança levemente no ritmo, convidando você a participar.
Um dos participantes comentou que, sem a expressividade, a interação com o robô poderia ser irritante, e não agradável. Isso mostra como os movimentos expressivos tornam os comportamentos robóticos mais aceitáveis e bem-vindos. Afinal, quem não gostaria de um robô que demonstra entusiasmo ao realizar uma tarefa?
Os pesquisadores criaram um vocabulário de movimentos expressivos para o robô luminária, incluindo gestos básicos e comportamentos espaciais. Essa abordagem permite que o robô se comunique de maneira mais eficaz, tornando a interação mais agradável e intuitiva.
As preferências de movimento dos robôs variam com a idade
Enquanto empresas de tecnologia exploram a robótica doméstica, a pesquisa da Apple sugere que adicionar movimentos expressivos pode tornar os robôs mais atraentes. Contudo, os pesquisadores alertam para a importância do equilíbrio: é preciso encontrar um ponto ideal entre a expressividade e a eficiência na execução das tarefas.
Um participante do estudo observou que, se o robô demorar muito para completar uma tarefa por conta dos movimentos, o usuário pode ficar impaciente. Além disso, o estudo revelou que participantes mais velhos foram menos receptivos aos movimentos expressivos do robô, sugerindo que o comportamento dos robôs deve ser personalizado de acordo com as preferências do usuário. Afinal, nem todo mundo aprecia um robô extravagante.
A pesquisa também aponta que o design de robôs deve considerar as preferências do usuário, com a necessidade de customização. A ideia é que os robôs domésticos inteligentes se adaptem aos gostos individuais, oferecendo uma experiência mais agradável e personalizada. É como ter um mordomo robótico que conhece seus gostos e manias.
O futuro dos Robôs domésticos inteligentes: Equilíbrio entre função e expressão
Embora a Apple raramente discuta suas pesquisas em robótica, este estudo oferece pistas sobre como a empresa pode abordar os futuros robôs domésticos. A pesquisa sugere uma mudança fundamental no design de robôs: em vez de focar apenas no que os robôs podem fazer, as empresas devem considerar como os robôs fazem as pessoas se sentirem.
O desafio não é apenas programar robôs para completar tarefas, mas tornar sua presença bem-vinda em nossos espaços. À medida que os robôs se movem das fábricas para as salas de estar, seu sucesso pode depender menos da eficiência e mais da capacidade de entender o ambiente. Ou seja, um robô que sabe quando ser útil e quando ser discreto.
O estudo da Apple será apresentado na conferência 2025 Designing Interactive Systems, em Madeira, em julho. Os resultados indicam um futuro onde o design de robôs exige contribuições de animadores e psicólogos comportamentais, além de engenheiros. É uma abordagem multidisciplinar para criar robôs que não apenas funcionam, mas também se conectam emocionalmente com as pessoas.
À medida que os robôs se tornam mais comuns em casas e locais de trabalho, fazê-los se mover de forma natural pode ser o diferencial entre mais um aparelho esquecido e um companheiro indispensável. O teste será se empresas como a Apple podem traduzir esses insights em produtos que as pessoas genuinamente queiram interagir. E quem sabe, em breve teremos robôs que nos cumprimentam com um sorriso (ou algo parecido).
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via VentureBeat