Autoridades australianas intensificaram os esforços para combater golpes de criptomoedas na Austrália, especialmente aqueles que se passam pela Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo em volume de negociação. A Polícia Federal Australiana (AFP), o Centro Nacional Anti-Golpe (NASC) e a Binance Austrália emitiram alertas sobre esquemas de fraude sofisticados que enganam usuários para transferir seus ativos de criptomoedas através de mensagens falsas.
A AFP informou que mais de 130 vítimas potenciais foram notificadas como parte de uma ação preventiva contra esses golpes. Os fraudadores usam SMS e plataformas de mensagens criptografadas para se passar por representantes da Binance, alegando falsamente que as contas das vítimas foram comprometidas.
Como Operam os Golpes de Criptomoedas na Austrália
As vítimas recebem mensagens convincentes que parecem ser de canais de suporte legítimos da Binance, incluindo códigos de verificação falsos e um número de telefone de contato que as direciona para uma linha direta de impostores. Ao ligarem para o número fraudulento, são instruídas a transferir suas criptomoedas para uma suposta “carteira de confiança”, que é secretamente controlada pelos golpistas.
O esquema foi descoberto através da Operação Firestorm, uma iniciativa global de aplicação da lei lançada para desmantelar redes cibernéticas criminosas transnacionais que visam australianos com fraudes digitais. Embora a AFP tenha colaborado com autoridades internacionais para rastrear os autores, os fundos transferidos pelas vítimas foram rapidamente lavados através de várias carteiras, tornando a recuperação quase impossível.
O Comandante de Operações de Crimes Cibernéticos da AFP, Graeme Marshall, declarou que a AFP trabalhou em estreita colaboração com seus parceiros do NASC para garantir que todas as vítimas na Austrália fossem identificadas rapidamente e recebessem orientações para ajudar a proteger suas contas de criptomoedas.
As autoridades australianas pedem que as vítimas entrem em contato imediatamente com seus bancos ou exchanges de criptomoedas e reportem os incidentes à polícia através do ReportCyber, usando o número de referência AFP-068.
Preocupações Crescentes Sobre Golpes de Criptomoedas na Austrália
A repressão ocorre em meio a crescentes preocupações sobre fraudes relacionadas a criptomoedas na Austrália. No mês passado, a Comissão Australiana de Concorrência e Consumidores (ACCC) alertou sobre as possíveis consequências da flexibilização das regulamentações de criptomoedas nos EUA sob a administração do Presidente Donald Trump.
A presidente da ACCC, Gina Cass-Gottlieb, alertou que o afrouxamento das regulamentações nos EUA poderia criar “cenários de horror” para investidores em todo o mundo. O relatório anual de golpes da agência destacou ainda a crescente ameaça, revelando que os australianos perderam mais de US$ 1,3 bilhão para golpes de investimento em 2023, com os golpes de criptomoedas desempenhando um papel importante.
A Comissão Australiana de Valores Mobiliários e Investimentos (ASIC) apresentou uma proposta para impor requisitos rigorosos de licenciamento para empresas de criptomoedas. Sob as leis australianas atuais, as empresas que oferecem serviços financeiros ou negociam produtos financeiros devem obter uma Licença de Serviços Financeiros Australianos (AFSL). Além disso, as plataformas que facilitam a negociação desses produtos podem exigir uma Licença de Mercado Australiano.
As novas regras estenderiam esses requisitos para exchanges de criptomoedas e muitas outras empresas de ativos digitais. É importante que os usuários estejam atentos e informados sobre como se proteger de fraudes e golpes no mercado de criptomoedas. Uma das maneiras de aprender é com diferentes tipos de IA que podem ajudar a identificar padrões suspeitos e atividades fraudulentas.
Apesar de auxiliar as autoridades no combate à fraude, a Binance Austrália enfrenta seus próprios desafios legais. Em dezembro de 2024, a ASIC iniciou uma ação judicial contra a Binance Austrália Derivatives, acusando a plataforma de classificar incorretamente investidores de varejo e negar-lhes proteções essenciais ao consumidor.
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