O cineasta japonês Takashi Miike participou do International Film Festival Rotterdam (IFFR) para a estreia internacional de seu novo filme esportivo, Blazing Fists. A ocasião marcou sua quinta visita ao festival.
Novo filme de Takashi Miike e a evolução do público
Em entrevista, Miike observou que o público de seus filmes está envelhecendo, assim como ele. Sua primeira visita ao IFFR ocorreu há 25 anos, e naquela época, o público era muito mais jovem. Ele reflete sobre sua carreira e a quantidade de filmes que ainda poderá realizar, considerando a natureza fisicamente exigente do trabalho.
Com mais de 100 produções em 35 anos, Miike é conhecido por clássicos cult como Audition (2000), Ichi the Killer (2001) e 13 Assassins (2011). Sobre Blazing Fists, ele confessou apreensão antes da exibição, temendo decepcionar o público que esperava mais violência, característica marcante de seus trabalhos anteriores. A recepção positiva ao filme, no entanto, o deixou muito satisfeito.
Atualmente, Miike atua como diretor executivo na série animada Nyaight of the Living Cat, produzida pela OLM, o mesmo estúdio por trás da franquia Pokémon. Ele também dirige o thriller policial Sham. O cineasta destaca a crescente colaboração internacional da indústria cinematográfica japonesa, um movimento impulsionado pela diminuição da população local e pelo surgimento de novas tecnologias e plataformas de streaming como a Netflix. Essa mudança no cenário do streaming tem forçado o setor a se adaptar.
O equilíbrio entre a criatividade e o mercado internacional
Miike alerta contra a priorização excessiva do apelo internacional em detrimento da visão artística. Ele enfatiza a importância de criar filmes que sejam autênticos e expressivos para o diretor, antes mesmo de pensar no tamanho do público. Uma estratégia de marketing eficaz deve ser direcionada para o público-alvo.
Ele destaca a colaboração com o produtor britânico Jeremy Thomas em Hara-Kiri: Death of a Samurai e 13 Assassins como um ponto alto de sua carreira internacional. Atualmente, Miike também trabalha com a CAA nos EUA e demonstra interesse em continuar colaborando com profissionais europeus.
Miike pondera sobre sua trajetória e o reconhecimento da crítica. Ele afirma que busca criar filmes agradáveis, sem a necessidade de ser considerado um “grande diretor”, mas sim de produzir filmes memoráveis. Seu foco está no processo criativo e no desejo de entregar uma obra que o satisfaça artisticamente.
O cineasta afirma que está em um ponto de virada na carreira, buscando uma nova abordagem em seus futuros projetos. O interesse crescente por coproduções internacionais na indústria cinematográfica japonesa mostra como a globalização está moldando novos rumos para a produção cinematográfica, abrindo possibilidades criativas e de distribuição. A premiação Critics Choice Awards 2025 ressalta a crescente competição internacional de filmes.
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Via Deadline