O mercado de fusões e aquisições no Brasil apresentou um desempenho notável no terceiro trimestre de 2025, impulsionado principalmente por investimentos de private equity e venture capital. Um estudo recente da KPMG revelou que, entre julho e setembro, foram concretizadas 425 operações, marcando o melhor período do ano em comparação com os trimestres anteriores.
Quais foram os principais destaques do terceiro trimestre de 2025 no mercado de fusões e aquisições?
O terceiro trimestre de 2025 se destacou como o mais forte do ano, registrando 425 operações de fusões e aquisições. Esse número supera os 330 negócios do primeiro trimestre e os 409 do segundo, evidenciando um crescimento contínuo ao longo do ano.
Dentro desse total, 203 operações foram impulsionadas por fundos de private equity e venture capital, demonstrando a relevância desses investidores no cenário de fusões e aquisições.
Como o desempenho de 2025 se compara com o ano anterior?
Apesar do bom desempenho no terceiro trimestre, o acumulado dos nove meses de 2025 apresenta uma leve retração em relação a 2024. Foram fechadas 1.164 operações de janeiro a setembro de 2025, contra 1.196 no mesmo período de 2024, representando uma queda de 2,6%.
No entanto, os investimentos de fundos de private equity e venture capital tiveram um aumento significativo. Eles foram responsáveis por 566 operações em 2025, representando 48,6% do total, contra 497 operações (41,6%) em 2024. Esse aumento de mais de 13% indica uma mudança no perfil dos investidores no mercado de fusões e aquisições.
Quais fatores influenciaram o cenário de fusões e aquisições em 2025?
De acordo com Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG, o contexto macroeconômico brasileiro teve um papel importante no desempenho do mercado de fusões e aquisições. As incertezas fiscais e as altas taxas de juros, tanto no Brasil quanto no cenário internacional, contribuíram para um cenário de estabilidade, sem uma recuperação significativa em relação ao ano anterior.
Apesar disso, o aumento na participação de fundos de investimentos no total de operações concretizadas demonstra que esses investidores continuam ativos e buscando oportunidades no mercado brasileiro. Vale lembrar que a Cosan captou R$ 9 bilhões em follow-on, demonstrando a existência de apetite no mercado.
Quais setores se destacaram nas operações de fusões e aquisições?
O setor de tecnologia da informação liderou o ranking, com 415 operações no total, sendo 278 envolvendo fundos de investimento. As instituições financeiras também se destacaram, com 143 operações (91 com fundos), seguidas pelas empresas de internet, com 91 operações (56 com fundos).
Outros setores relevantes foram alimentos, bebidas e fumo (38 operações), companhias de energia (34 operações) e serviços para empresas (34 operações), demonstrando a diversidade de segmentos envolvidos nas fusões e aquisições.
Qual a tendência de participação de investidores nas operações?
O levantamento da KPMG revelou que, das 566 operações realizadas por fundos de private equity e venture capital, a maioria (46%) contou com a participação de dois a cinco investidores. As operações com apenas um investidor representaram 33% do total, enquanto aquelas com seis a 12 investidores corresponderam a 20%.
Essa predominância de transações com múltiplos investidores sugere uma tendência de coinvestimento e diversificação de risco, refletindo a busca por parcerias estratégicas em um cenário econômico desafiador. Além disso, os setores de tecnologia da informação, instituições financeiras e empresas de internet continuam sendo os principais destinos de capital.
Perguntas Frequentes sobre Fusões e Aquisições
Qual foi o principal destaque do mercado de fusões e aquisições no terceiro trimestre de 2025?
O principal destaque foi o volume de 425 operações, impulsionado por investimentos de private equity e venture capital, marcando o melhor trimestre do ano.
Como o cenário macroeconômico influenciou as fusões e aquisições em 2025?
A instabilidade fiscal e as altas taxas de juros no Brasil e no mundo contribuíram para um cenário de estabilidade, sem grande recuperação em relação ao ano anterior.
Via TI Inside






