Um asteroide-cometa de grandes proporções, conhecido como Chiron, orbita entre Netuno e Júpiter e tem despertado a curiosidade dos astrônomos. Este corpo celeste, classificado como um corpo menor, apresenta uma mistura de gelo e gases, conforme revelado por observações do Telescópio Espacial James Webb. Essas características podem oferecer novas informações sobre a formação do nosso sistema solar.
Chiron: O Asteroide-Cometa que Intriga Cientistas
Chiron é apenas um dos mil centauros conhecidos até agora. Acredita-se que muitos deles tenham se originado além do reino congelado de Netuno, mas acabaram se movendo para o sistema solar devido a ressonâncias gravitacionais com suas órbitas e Netuno. Essa movimentação é um aspecto fascinante da dinâmica do nosso sistema solar.
Mas como esse asteroide-cometa pode nos ajudar a entender melhor a origem do sistema solar? Novas observações do Telescópio James Webb indicam que Chiron possui uma composição de ices de superfície que não se assemelham a nada que os astrônomos tenham encontrado em outros centauros até o momento.
Embora os ices em si não sejam considerados “incomuns”, a combinação de ices e gases presentes em Chiron é o que realmente chama a atenção. Além disso, mesmo com temperaturas que não ultrapassam -220 graus Fahrenheit (-140 graus Celsius), os ices em Chiron sublimam, um fenômeno que intrigou os cientistas.
O Que as Observações Revelam Sobre o Asteroide-Cometa
As interações da radiação solar com os ices de Chiron geram reações químicas interessantes, resultando na produção de subprodutos orgânicos como etano, propano e dióxido de carbono. Os pesquisadores acreditam que identificar quais desses gases fazem parte da coma do objeto pode revelar mais sobre as propriedades químicas e físicas da rocha.
Além disso, essa análise pode fornecer informações sobre a espessura e a porosidade da camada de gelo e como a irradiação solar a afeta. Esses dados são cruciais, pois centauros como Chiron são considerados “pristinos”, ou seja, não sofreram alterações desde sua formação há 4,5 bilhões de anos. Isso significa que esse asteroide-cometa pode conter pistas sobre a formação do sistema solar.
Entretanto, a exploração de Chiron não será rápida. Ele está a uma distância considerável de nós e, embora sua órbita o traga para mais perto de Saturno, isso não ocorrerá por mais 20 anos. No entanto, à medida que se aproxima do sol, Chiron deve se tornar mais brilhante e ativo, oferecendo mais oportunidades para observações astronômicas.
Com a continuação das investigações, Chiron pode se revelar uma chave importante para entender a história do nosso sistema solar. Fique atento às novidades sobre esse fascinante asteroide-cometa!
Via BGR