Asteroide-cometa Chiron pode desvendar a origem do sistema solar

Asteróide-cometa é um híbrido curioso que orbita entre Netuno e Júpiter. Sua composição única pode oferecer insights valiosos sobre a formação do nosso sistema solar.
28/12/2024 às 18:41 | Atualizado há 1 mês
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Large planetoid in empty space

Um asteroide-cometa de grandes proporções, conhecido como Chiron, orbita entre Netuno e Júpiter e tem despertado a curiosidade dos astrônomos. Este corpo celeste, classificado como um corpo menor, apresenta uma mistura de gelo e gases, conforme revelado por observações do Telescópio Espacial James Webb. Essas características podem oferecer novas informações sobre a formação do nosso sistema solar.

Chiron: O Asteroide-Cometa que Intriga Cientistas

Chiron é apenas um dos mil centauros conhecidos até agora. Acredita-se que muitos deles tenham se originado além do reino congelado de Netuno, mas acabaram se movendo para o sistema solar devido a ressonâncias gravitacionais com suas órbitas e Netuno. Essa movimentação é um aspecto fascinante da dinâmica do nosso sistema solar.

Mas como esse asteroide-cometa pode nos ajudar a entender melhor a origem do sistema solar? Novas observações do Telescópio James Webb indicam que Chiron possui uma composição de ices de superfície que não se assemelham a nada que os astrônomos tenham encontrado em outros centauros até o momento.

Embora os ices em si não sejam considerados “incomuns”, a combinação de ices e gases presentes em Chiron é o que realmente chama a atenção. Além disso, mesmo com temperaturas que não ultrapassam -220 graus Fahrenheit (-140 graus Celsius), os ices em Chiron sublimam, um fenômeno que intrigou os cientistas.

Neptune in space

Objetos além de Netuno são considerados os mesmos desde sua formação no início do sistema solar. Imagem: revers_jr / Adobe

O Que as Observações Revelam Sobre o Asteroide-Cometa

As interações da radiação solar com os ices de Chiron geram reações químicas interessantes, resultando na produção de subprodutos orgânicos como etano, propano e dióxido de carbono. Os pesquisadores acreditam que identificar quais desses gases fazem parte da coma do objeto pode revelar mais sobre as propriedades químicas e físicas da rocha.

Além disso, essa análise pode fornecer informações sobre a espessura e a porosidade da camada de gelo e como a irradiação solar a afeta. Esses dados são cruciais, pois centauros como Chiron são considerados “pristinos”, ou seja, não sofreram alterações desde sua formação há 4,5 bilhões de anos. Isso significa que esse asteroide-cometa pode conter pistas sobre a formação do sistema solar.

Entretanto, a exploração de Chiron não será rápida. Ele está a uma distância considerável de nós e, embora sua órbita o traga para mais perto de Saturno, isso não ocorrerá por mais 20 anos. No entanto, à medida que se aproxima do sol, Chiron deve se tornar mais brilhante e ativo, oferecendo mais oportunidades para observações astronômicas.

Com a continuação das investigações, Chiron pode se revelar uma chave importante para entender a história do nosso sistema solar. Fique atento às novidades sobre esse fascinante asteroide-cometa!

Via BGR

Apaixonado por tecnologia desde cedo, André Luiz é formado em Eletrônica, mas dedicou os últimos 15 anos a explorar as últimas tendências e inovações em tecnologia. Se tornou um jornalista especialista em smartphones, computadores e no mundo das criptomoedas, já compartilhou seus conhecimentos e insights em vários portais de tecnologia no Brasil e no mundo.
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