Humanos e animais domesticados possuem biomassa cinco vezes maior que a fauna selvagem

Estudo revela que humanos e animais domesticados têm biomassa cinco vezes maior que toda a vida selvagem, afetando ecossistemas globais.
04/11/2025 às 07:01 | Atualizado há 5 dias
Humanos e animais domesticados possuem biomassa cinco vezes maior que a fauna selvagem

Já parou para pensar no peso de todos os seres vivos na Terra? Um estudo recente revelou dados surpreendentes sobre a biomassa do planeta. A pesquisa mostra que humanos e animais domesticados, como o gado, superam em cinco vezes o peso da fauna selvagem. Este desequilíbrio tem crescido desde a Revolução Industrial, impactando ecossistemas e a biodiversidade global.

Como a biomassa global mudou desde a Revolução Industrial?

Desde meados do século XIX, a biomassa de humanos e animais domesticados triplicou. Em 1850, o peso combinado de humanos e animais selvagens era quase igual, cerca de 200 milhões de toneladas para cada grupo. Hoje, a balança pende drasticamente para o lado dos humanos e seus animais, que somam aproximadamente 1.100 milhões de toneladas.

Essa mudança não reflete apenas o aumento da população humana, que saltou de 1,2 bilhão para mais de 8 bilhões. Inclui também o crescimento da massa corporal média e a expansão da criação de gado. Esse aumento exacerbado, revela um domínio sem precedentes da humanidade sobre os recursos naturais e a vida selvagem.

Quais fatores contribuíram para o aumento da biomassa humana?

Vários fatores explicam o aumento significativo da biomassa humana. O crescimento populacional é um deles, impulsionado por avanços tecnológicos e melhorias na saúde, que aumentaram a expectativa de vida. Além disso, a massa corporal média das pessoas também aumentou, contribuindo para o peso total da humanidade.

A expansão das áreas urbanas e o aumento do consumo de recursos naturais têm um impacto direto no crescimento da biomassa humana. A produção intensiva de alimentos e a domesticação de animais para consumo também desempenham um papel crucial nesse aumento, refletindo um sistema global voltado para o atendimento das demandas humanas.

Qual o impacto do gado no desequilíbrio da biomassa?

O gado representa uma parcela significativa da biomassa dos mamíferos domesticados. Desde a Revolução Industrial, a biomassa do gado quadruplicou, impulsionada pela crescente demanda por carne e produtos lácteos. Atualmente, existem mais de vinte bilhões de galinhas vivendo na Terra, o que equivale a três galinhas para cada pessoa.

A criação intensiva de animais gera um impacto ambiental considerável, incluindo o desmatamento de áreas para pastagens, a emissão de gases de efeito estufa e o consumo excessivo de água. A redução da população de cavalos, substituídos por veículos motorizados, é uma exceção notável nesse cenário.

Como a vida selvagem tem sido afetada?

Enquanto a biomassa humana e de animais domesticados aumenta, a vida selvagem enfrenta um declínio alarmante. A caça predatória, a destruição de habitats naturais e a poluição têm contribuído para a redução da biomassa da fauna selvagem. As populações de mamíferos marinhos, por exemplo, caíram de 135 milhões de toneladas para apenas 40 milhões.

A biomassa de todos os mamíferos terrestres não marinhos diminuiu 60% desde 1850. No passado, a biomassa total de elefantes era equivalente à de todos os outros mamíferos terrestres juntos. Hoje, todos os mamíferos selvagens do planeta representam apenas 5% da biomassa total de mamíferos, evidenciando uma perda drástica da biodiversidade e da saúde dos ecossistemas.

O que é o índice de mobilidade planetária e o que ele revela?

O índice de mobilidade planetária é uma métrica que considera a distância percorrida por cada espécie anualmente, multiplicada por sua massa corporal total. Esse índice revela que os humanos superam todos os outros animais em termos de movimentação. A mobilidade humana é 40 vezes maior do que a de todos os mamíferos selvagens, aves e artrópodes combinados.

A maior parte dessa movimentação ocorre em veículos motorizados, mas mesmo o deslocamento humano a pé é seis vezes maior do que o de todos os animais selvagens terrestres somados. Essa métrica demonstra o impacto das atividades humanas no planeta e como nossa mobilidade afeta a vida selvagem e os ecossistemas. A camada de ozônio apresenta sinais de recuperação gradual por esforços globais.

Quais são as consequências das “funções perdidas” na natureza?

A diminuição da biomassa e da mobilidade da vida selvagem leva à perda de funções ecológicas essenciais, como o transporte de nutrientes, a polinização, a dispersão de sementes e a manutenção da estrutura física dos ecossistemas. Quando a vida selvagem perde sua capacidade de desempenhar essas funções, o planeta inteiro sofre.

A perda de interações ecológicas pode levar ao desequilíbrio de cadeias alimentares, à redução da fertilidade do solo e à diminuição da capacidade de adaptação dos ecossistemas às mudanças climáticas. Preservar a vida selvagem é fundamental para garantir a saúde e a resiliência do planeta a longo prazo, auxiliando inclusive na busca por desaparecidos no México.

Perguntas Frequentes sobre Peso da fauna selvagem

Qual a principal descoberta do estudo sobre biomassa global?

O estudo revela que a biomassa de humanos e animais domesticados supera em cinco vezes a biomassa da fauna selvagem, um desequilíbrio que tem crescido desde a Revolução Industrial.

Quais fatores contribuíram para o aumento da biomassa humana?

O aumento da população humana, a expansão da massa corporal média e o crescimento da criação de gado são os principais fatores que contribuíram para o aumento da biomassa humana.

Como a vida selvagem tem sido afetada por essas mudanças?

A vida selvagem tem enfrentado um declínio alarmante devido à caça predatória, à destruição de habitats naturais e à poluição, resultando na redução da biomassa e da mobilidade de diversas espécies.

Via Super

Apaixonado por tecnologia desde cedo, André Luiz é formado em Eletrônica, mas dedicou os últimos 15 anos a explorar as últimas tendências e inovações em tecnologia. Se tornou um jornalista especialista em smartphones, computadores e no mundo das criptomoedas, já compartilhou seus conhecimentos e insights em vários portais de tecnologia no Brasil e no mundo.
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