Com a proximidade das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu parcerias com as principais plataformas sociais para combater a propagação de informações falsas no processo eleitoral. Nesta sexta-feira (2), a corte firmou colaboração tanto com o TikTok quanto com o Twitter — da mesma forma que já foi realizado com o Facebook e WhatsApp. Essa iniciativa também inclui um acordo com o Google e agências de verificação.
As empresas comprometeram-se a desenvolver ferramentas de monitoramento de páginas e perfis com comportamentos “inautênticos e coordenados”.
O ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, explicou que o TikTok ganhou grande popularidade entre o público jovem. “Precisamos atrair jovens patriotas com novos valores para ajudar a pensar no Brasil. Queremos promover as liberdades das pessoas. O TSE inaugura hoje a conta oficial do TikTok. Eu mesmo fiz uma manifestação direcionada ao público para mobilizar os jovens a serem cidadãos ativos e ajudarem a diagnosticar e propor soluções. Precisamos de idealismo”, afirmou.
Sobre o Twitter, o ministro destacou que a plataforma é uma das protagonistas da revolução digital. “As redes trouxeram muitas coisas boas. O Twitter permite voz e a possibilidade de se manifestar a muitas pessoas que não tinham essa oportunidade. O Twitter, assim como o TSE, valoriza a liberdade de expressão. A liberdade de expressão é importante, e a verdade não tem dono”, defendeu.
O ministro reforçou a preocupação de não haver censura de temas. “A vida precisa de livre expressão e diferentes pontos de vista. As redes sociais proporcionaram espaço não apenas para a liberdade, mas também para a criatividade em formas de manifestação e criações artísticas. Agradeço a ajuda para que possamos minimizar o impacto não apenas de opiniões prejudiciais, mas também de milícias orquestradas que buscam macular e destruir o debate público e as instituições”.
O chefe de segurança do TikTok, Eric Han, disse recentemente que a empresa está preparada para combater esse problema.