Relutância dos Europeus em Adotar o Euro Digital, Revela Relatório do BCE

Estudo do BCE aponta a resistência dos europeus em abraçar o Euro Digital.
13/03/2025 às 14:16 | Atualizado há 1 mês
Adoção do Digital Euro

Um novo estudo do Banco Central Europeu (BCE) revelou que o interesse dos consumidores no digital euro é menor do que o esperado, levantando questões sobre a futura adoção do digital euro. A pesquisa, que ouviu cerca de 19.000 pessoas em 11 grandes economias da zona do euro, indica que a maioria prefere métodos de pagamento tradicionais, como dinheiro e contas bancárias. Será que o BCE conseguirá reverter essa situação?

O relatório do BCE aponta para desafios significativos na implementação da moeda digital. Os resultados mostram que os europeus não veem muitas vantagens em comparação com os sistemas de pagamento já existentes. Vamos entender melhor os detalhes desse estudo e os próximos passos do BCE.

Relatório do BCE Aponta Baixo Interesse no Digital Euro

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O Banco Central Europeu publicou um estudo sobre as expectativas dos consumidores em relação ao digital euro. O documento, divulgado em 12 de março, ouviu aproximadamente 19.000 pessoas em 11 das maiores economias da zona do euro.

Os participantes da pesquisa foram convidados a alocar €10.000 em diferentes tipos de ativos. Os resultados mostraram que os consumidores preferem as opções bancárias tradicionais, como dinheiro, contas correntes e poupança, em vez de alocar uma parte significativa para o digital euro.

Hábitos de Consumo e Adoção do Digital Euro

O relatório do BCE destaca que os hábitos de consumo estão profundamente enraizados, e há um ceticismo em relação à necessidade de um novo sistema de pagamento. Segundo o estudo, uma parcela considerável dos consumidores afirma que provavelmente não adotaria o digital euro, principalmente devido à preferência por métodos de pagamento que já utilizam.

Apesar da resistência do público, o BCE acredita que o digital euro causaria um impacto mínimo na estabilidade financeira. No entanto, o banco reconhece que superar a resistência do público exigirá uma abordagem estratégica, especialmente na educação do consumidor.

Para tentar reverter essa situação, o BCE tem se esforçado para lançar o digital euro, com a fase de testes já em andamento. O projeto começou em novembro de 2023 e inclui discussões com as partes interessadas e o desenvolvimento de regras. A previsão é que a fase de testes seja concluída até outubro de 2025.

Esforços do BCE Para Superar o Ceticismo Sobre o CBDC

O estudo do BCE revelou que iniciativas educacionais, como vídeos explicativos, podem ajudar a familiarizar os consumidores com os benefícios das CBDCs (Moedas Digitais de Banco Central). No entanto, mesmo com a oferta de materiais em vídeo, muitos participantes optaram por não se envolver, indicando uma resistência persistente.

Apesar da confiança da presidente do BCE, Christine Lagarde, no projeto, o ceticismo permanece entre os legisladores da União Europeia. Uma reportagem da Reuters de 10 de março indica que muitos questionam a viabilidade e a necessidade de uma CBDC.

Críticos também expressaram preocupações sobre o controle excessivo do governo e a privacidade dos dados, temendo que o digital euro possa ser usado para rastrear transações financeiras. Alguns chegaram a classificar o projeto como uma possível “ditadura financeira”.

Integração do Blockchain e o Futuro do Digital Euro

Além de desenvolver o digital euro, o BCE também está trabalhando para integrar a tecnologia de registro distribuído (DLT) nas transações do banco central, como parte de sua estratégia mais ampla de finanças digitais.

Em 20 de fevereiro, o Conselho do BCE delineou uma abordagem em duas fases para facilitar essa transição. A primeira fase se concentra em estabelecer uma ligação de interoperabilidade entre as transações baseadas em blockchain e a plataforma TARGET Services existente. Essa conexão tem como objetivo garantir liquidações seguras e eficientes usando dinheiro do banco central.

Na segunda fase, o BCE planeja desenvolver uma infraestrutura de longo prazo mais abrangente para acomodar uma gama maior de operações financeiras baseadas em DLT, incluindo liquidações de câmbio e outras transações internacionais. Uma linha do tempo detalhada para esta iniciativa deve ser divulgada em breve.

À medida que o BCE avança, restam perguntas fundamentais: será que os esforços educacionais conseguirão mudar os hábitos de consumo profundamente arraigados? Os legisladores conseguirão abordar as crescentes preocupações em torno da privacidade e da supervisão financeira? O futuro do digital euro depende não só da inovação tecnológica, mas também de colmatar a lacuna considerável entre a ambição institucional e a aceitação pública.

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