A IPO da Oncoclínicas, realizada em 2021, está no centro de uma nova disputa judicial. A Associação Brasileira de Investimento, Crédito e Consumo (Abraicc), representando acionistas minoritários, solicitou à Justiça de Nova York que o Goldman Sachs forneça informações sobre sua participação na empresa durante a oferta pública inicial. A alegação é que o prospecto da oferta não mencionou a gestora americana Centaurus Capital, que posteriormente adquiriu 16% da Oncoclínicas, o que poderia ter acionado uma oferta pública de aquisição (OPA).
Por que a Abraicc está questionando o Goldman Sachs em Nova York?
A Abraicc busca, por meio da Justiça de Nova York, obter informações detalhadas sobre a participação do Goldman Sachs na Oncoclínicas durante o IPO da Oncoclínicas. O objetivo é esclarecer se houve omissão de informações relevantes no prospecto da oferta, especialmente em relação à presença da Centaurus Capital. A associação pretende utilizar esses dados em uma futura ação coletiva no Brasil.
A lei americana permite que tribunais federais coletem provas para uso em processos estrangeiros, o que justifica o pedido feito em Manhattan. A Abraicc acredita que as informações obtidas poderão fortalecer sua argumentação em relação às supostas irregularidades no IPO da Oncoclínicas.
Qual o impacto potencial da entrada da Centaurus Capital na Oncoclínicas?
A aquisição de 16% da Oncoclínicas pela Centaurus Capital levantou questionamentos sobre a necessidade de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA). De acordo com o estatuto da empresa, novos acionistas que ultrapassem 15% de participação poderiam ser obrigados a realizar uma OPA. A Abraicc argumenta que a não divulgação da participação da Centaurus no prospecto do IPO da Oncoclínicas pode ter prejudicado os acionistas minoritários.
Se a Centaurus já possuía participação indireta na Oncoclínicas antes do IPO da Oncoclínicas, como alega o Goldman Sachs, a obrigação de realizar uma OPA poderia ser dispensada. No entanto, a Abraicc questiona a veracidade dessa informação e busca esclarecimentos por meio da ação judicial em Nova York.
Como a Oncoclínicas está lidando com essa disputa societária?
A Oncoclínicas já enfrentou questionamentos semelhantes em 2024, quando a Latache Capital e a Abraicc levantaram dúvidas sobre a transferência de ações do Goldman Sachs para a Centaurus. Na época, o Goldman Sachs alegou que a Centaurus já possuía participação indireta desde 2018, o que a isentaria da obrigação de realizar uma OPA.
Atualmente, a Latache Capital faz parte do bloco de referência da Oncoclínicas e participa da reestruturação societária da empresa. A nova ação judicial movida pela Abraicc reacende a disputa societária, mas não afeta diretamente as operações da Oncoclínicas. As ações da Oncoclínicas (ONCO3) chegaram a cair 2,8% na B3, cotadas a R$ 5,46, refletindo a incerteza gerada pela notícia. No acumulado do ano, os papéis recuam 6,3%, contrastando com a alta de cerca de 25% do Ibovespa. Para ficar por dentro das oscilações do mercado financeiro, acompanhe as últimas notícias sobre o plantio de soja no Brasil para a safra 2025/2026 e as decisões do Federal Reserve (Fed) sobre as taxas de juros.
Quais são os próximos passos dessa batalha judicial?
Após a intimação do Goldman Sachs pela Justiça de Nova York, o banco deverá fornecer as informações solicitadas pela Abraicc. A associação utilizará esses dados para analisar se as informações divulgadas no prospecto do IPO da Oncoclínicas foram corretas e se houve prejuízo aos acionistas minoritários. Caso encontre indícios de irregularidades, a Abraicc poderá dar seguimento à ação coletiva no Brasil.
O desfecho dessa disputa societária ainda é incerto, mas poderá ter impacto significativo na governança corporativa da Oncoclínicas e na relação entre acionistas majoritários e minoritários. Fique atento às próximas notícias para acompanhar o desenvolvimento desse caso.
Perguntas Frequentes sobre IPO da Oncoclínicas
Por que a Abraicc está processando o Goldman Sachs em Nova York?
A Abraicc busca obter informações sobre a participação do Goldman Sachs no IPO da Oncoclínicas, alegando omissão de dados relevantes sobre a Centaurus Capital no prospecto da oferta.
Qual o impacto da Centaurus Capital na Oncoclínicas?
A entrada da Centaurus Capital levantou questionamentos sobre a necessidade de uma OPA, já que a empresa adquiriu 16% da Oncoclínicas, o que poderia ter acionado essa obrigação.
Como a Oncoclínicas está respondendo a essa disputa?
A Oncoclínicas já enfrentou disputas semelhantes e, embora a nova ação reacenda o debate, não afeta diretamente suas operações. A empresa segue com sua reestruturação societária.
Via InvestNews






