O Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR) completa quase três décadas de atuação, impulsionado pela inquietude de professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em 1996, a chegada da internet ao Brasil revelou um problema: a fuga de talentos para o Sudeste e outros países. Para reter esses talentos, o CESAR surgiu como uma ponte entre a academia e o mercado, aplicando conhecimento de ponta para resolver problemas reais.
Por que o CESAR foi criado?
Em 1996, um grupo de professores da UFPE percebeu que os melhores alunos do Departamento de Informática estavam deixando o estado em busca de oportunidades. A solução foi criar o CESAR, um centro que unisse a universidade e as empresas, transformando conhecimento em soluções práticas.
Eduardo Peixoto, CEO do CESAR, destaca que a ideia era reter esses talentos no Nordeste, prevendo que a economia se tornaria cada vez mais digital. O CESAR, então, nasceu com a missão de aplicar o conhecimento acadêmico para resolver problemas concretos das empresas.
Como o CESAR se mantém relevante após 30 anos?
A cultura de “nunca estar satisfeito” é um dos pilares do CESAR, segundo Peixoto. Essa mentalidade impulsiona a busca constante por excelência e a crença de que sempre é possível melhorar. A conexão contínua com a universidade permite que o CESAR esteja sempre atualizado com as últimas tendências e tecnologias.
Essa antecipação ao futuro permitiu ao centro criar empresas pioneiras, como a Neurotech, que utilizava machine learning para avaliação de risco de crédito antes de se tornar uma prática comum no mercado, e a Tempest, empresa de cibersegurança adquirida pela Embraer em 2020.
Qual o maior desafio do CESAR no Nordeste?
A falta de capital de risco é apontada por Peixoto como o principal obstáculo para o crescimento do ecossistema de inovação no Nordeste. A escassez de investimentos já custou oportunidades valiosas ao centro, como a perda de uma empresa de games para mobile nos anos 2000.
Essa experiência levou o CESAR a desenvolver um modelo único de atuação com startups, o Tech Venture Building. A ideia é captar recursos de fomento à inovação para desenvolver tecnologias de startups, recebendo em troca uma opção de compra de participação na empresa.
Como funciona o Tech Venture Building do CESAR?
O Tech Venture Building é um modelo inovador onde o CESAR capta recursos de fomento para desenvolver a tecnologia de startups. Em vez de investir dinheiro próprio, o centro troca a tecnologia desenvolvida por participação na startup.
Quando a startup recebe uma rodada de investimento, o CESAR vende sua opção de compra e reinveste em outras startups, criando um ciclo virtuoso. Para participar do programa, as startups precisam ser de base tecnológica, ter potencial de escala e gerar impacto positivo social ou ambiental. A Embrapa e o Sebrae são parceiros importantes no fornecimento de recursos de fomento.
Quais os planos do CESAR para o futuro?
O CESAR tem planos ambiciosos para o próximo ano, focando em três áreas principais. Na área de ventures, a meta é dobrar o número de startups impulsionadas e aumentar os investimentos no portfólio. Para isso, o centro busca atrair mais capital de risco para a região, através de parcerias e fundos de investimento.
Na frente de inovação corporativa, o foco permanece nos setores de óleo e gás, energia elétrica, automotivo, financeiro, educação e eletroeletrônico. A área de educação também é um foco importante, com a meta de expandir o número de alunos na graduação e estudar a expansão para outros estados. O CESAR também está experimentando com a inteligência artificial generativa para evoluir sua metodologia de ensino PBL (Problem Based Learning) para um AIBL (AI Based Learning).
Perguntas Frequentes sobre CEO do CESAR
Qual a missão do CESAR?
O CESAR tem como missão conectar a academia e o mercado, aplicando conhecimento de ponta para resolver problemas reais das empresas e impulsionar o desenvolvimento tecnológico no Nordeste.
Como o CESAR se adapta às novas tecnologias?
O CESAR mantém uma cultura de “nunca estar satisfeito” e uma forte conexão com a universidade, o que permite antecipar tendências e experimentar novas metodologias, como a aplicação de inteligência artificial no ensino.
Qual a importância do Tech Venture Building?
O Tech Venture Building é um modelo inovador que permite ao CESAR investir em startups sem usar capital próprio, trocando desenvolvimento tecnológico por participação nas empresas e reinvestindo os lucros em novos projetos.
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Via Startupi






