A crescente onda de desinformação e fraudes online no Brasil acende um alerta sobre a fragilidade da confiança digital. Um novo documentário, “A Nova Economia do Engano“, produzido pela Caf em parceria com a Prosa Press, expõe como a inteligência artificial (IA) tem sido utilizada para criar conteúdos falsos e manipular dados, impactando negativamente empresas e consumidores.
Qual o foco principal do documentário “A Nova Economia do Engano”?
O documentário, liderado por Patricia Travassos, busca desmistificar a complexidade da crise de confiança no ambiente digital brasileiro. A produção desafia o público a distinguir entre o real e o artificial, evidenciando a dificuldade crescente em identificar fraudes em um cenário dominado por algoritmos sofisticados e deepfakes.
O objetivo é conscientizar sobre os perigos da desinformação e promover um debate sobre a necessidade de fortalecer a segurança e a ética nas interações online. Afinal, a proliferação de notícias falsas e golpes digitais não só prejudica a economia, mas também mina a credibilidade das instituições e a confiança entre as pessoas.
Quais são os tipos de criminosos digitais identificados pelo documentário?
O estudo divide os criminosos digitais em dois grupos principais. O primeiro é formado por aqueles que se especializam em falsificar documentos e burlar sistemas de segurança. Já o segundo, dedica-se a criar narrativas convincentes para enganar as vítimas e obter dados confidenciais.
Marcelo Sousa, VP de Produto da Caf, ressalta que ambos os grupos estão utilizando a IA para aprimorar suas técnicas. Essa evolução exige uma resposta ainda mais rápida e eficaz das empresas de segurança, que precisam estar sempre um passo à frente dos fraudadores. A Mastercard, por exemplo, tem investido em novas ferramentas para combater ameaças cibernéticas em pagamentos.
Como a inteligência artificial (IA) está sendo utilizada para aprimorar as fraudes?
A IA permite que os criminosos criem deepfakes, documentos falsos e narrativas personalizadas em larga escala, tornando as fraudes mais convincentes e difíceis de detectar. Além disso, a IA pode ser usada para automatizar ataques e identificar vulnerabilidades em sistemas de segurança.
Essa realidade exige que as empresas invistam em soluções de segurança mais robustas e sofisticadas, que utilizem a própria IA para identificar e combater as fraudes. A DXC Technology, por exemplo, tem investido em capacitação em IA na América Latina, com foco no Brasil e México.
Quais setores são mais afetados pela “Economia do Engano”?
O setor de saúde suplementar é um dos mais impactados, com perdas anuais estimadas em R$ 34 bilhões devido a fraudes. As operadoras médicas enfrentam dificuldades para identificar e prevenir golpes, o que acaba elevando os custos dos planos de saúde para todos os consumidores.
Outros setores também sofrem com a economia do engano, como o financeiro, o de e-commerce e o de telecomunicações. A falsificação de identidade, o roubo de dados e os golpes online geram prejuízos bilionários e afetam a confiança dos consumidores nas empresas.
Como as empresas menores podem se proteger da “Economia do Engano”?
Empresas menores, que geralmente não possuem recursos para investir em grandes estruturas de segurança, são particularmente vulneráveis. A falta de proteção adequada as torna alvos fáceis para os criminosos digitais, que exploram suas fragilidades para obter vantagens financeiras.
Rodrigo Lattaro, VP Global de Marketing da Caf, destaca a importância de democratizar o acesso à segurança digital, tornando as ferramentas de proteção acessíveis também para as empresas de médio porte. A Caf planeja lançar, em 2026, produtos redesenhados para fortalecer a proteção corporativa, visando atender às necessidades específicas desse público.
Perguntas Frequentes sobre Economia do Engano
O que é a “Economia do Engano”?
A “Economia do Engano” se refere à proliferação de fraudes e desinformação no ambiente digital, impulsionada pelo uso de inteligência artificial para criar conteúdos falsos e manipular dados. Esse fenômeno impacta negativamente empresas e consumidores, minando a confiança nas interações online.
Quais são os principais riscos da “Economia do Engano”?
Os principais riscos incluem perdas financeiras para empresas e consumidores, danos à reputação das marcas, disseminação de notícias falsas e polarização da sociedade. Além disso, a “Economia do Engano” pode comprometer a segurança de dados pessoais e a privacidade dos usuários.
Como se proteger da “Economia do Engano”?
Para se proteger, é fundamental desconfiar de informações duvidosas, verificar a autenticidade de documentos e mensagens, utilizar senhas fortes e autenticação de dois fatores, e manter softwares e aplicativos atualizados. Empresas devem investir em soluções de segurança robustas e capacitar seus colaboradores para identificar e prevenir fraudes.
Via Startupi






