Descubra a quantidade impressionante de vida na Terra!

12/12/2023 às 13:14 | Atualizado há 5 meses
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Um grupo de biólogos e geólogos realizou um cálculo surpreendente: existem mais células vivas na Terra do que estrelas no Universo e grãos de areia em nosso planeta. Segundo essa equipe, há aproximadamente um milhão de trilhões de trilhões de células vivas na Terra, ou seja, 10^30 células. A maioria dessas células é composta por micróbios, muitos deles cianobactérias, que são responsáveis por produzir o oxigênio necessário para a respiração.

O número incrível de células vivas na Terra

Esse cálculo levanta diversas questões sobre a quantidade de vida existente no nosso planeta. Será que a Terra pode abrigar ainda mais vida? Ou talvez precise de menos? É possível determinar o limite para a quantidade de vida que podemos ter?

Para Peter Crockford, geobiólogo da Universidade Carleton em Ottawa, essa descoberta estabelece a Terra como um ponto de referência para a planetologia comparativa. Isso significa que é possível fazer perguntas mais precisas sobre as diferentes trajetórias que a vida poderia ter tomado e qual a quantidade máxima de vida que nosso planeta poderia suportar.

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Um dos pontos levantados pelos pesquisadores é a importância da fotossíntese, que é a transformação da luz solar em alimento e oxigênio. Se a fotossíntese não tivesse evoluído, como seria a vida na Terra? Essa pergunta evidencia a intricada relação entre a geofísica e a biologia.

Caleb Scharf, astrobiólogo da NASA, afirma que há uma série de estudos recentes que mostram como a vida se adapta e interage com o planeta como um todo. Essa abordagem é uma nova forma de compreender a teoria de Gaia, proposta por James Lovelock nos anos 1970, que defende que a vida e o ambiente trabalham juntos para manter um planeta habitável.

A história da vida na Terra começou há cerca de 3,8 bilhões de anos, quando os primeiros seres unicelulares surgiram. Desde então, a população de células tem crescido exponencialmente, mesmo diante de desastres geológicos e eventos de extinção. A fotossíntese desempenhou um papel crucial nesse crescimento, pois permitiu a produção de oxigênio e a disponibilidade de alimento para as outras formas de vida.

Crockford e sua equipe conseguiram rastrear o crescimento populacional das células ao longo do tempo, analisando isótopos minerais e a quantidade de oxigênio em rochas antigas. Com base nesses dados, eles estimaram que a Terra já produziu cerca de 10^40 células desde o seu início, aproximadamente 10 bilhões de vezes mais do que existe atualmente.

No entanto, mesmo com esse número impressionante, a quantidade de células vivas continuará aumentando. Estima-se que, ao longo de toda a vida habitável da Terra, o planeta poderá produzir cerca de 10^41 células. Esse valor representa apenas 10% de todas as células que surgirão até o fim da vida na Terra, que está previsto para daqui a um bilhão de anos.

A análise de Crockford e seus colegas também ressalta a importância da geologia e dos processos naturais para a manutenção da vida no planeta. O ciclo carbonato-silicato, por exemplo, regula a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, garantindo um clima estável e propício ao crescimento da vida.

A pesquisa também nos faz refletir sobre a possibilidade de vida em outros planetas. Até o momento, temos informações limitadas sobre a habitabilidade de outros astros. Alguns dos candidatos mais promissores são as luas oceânicas de Saturno e Júpiter, como Europa. No entanto, é provável que a vida nesses ambientes seja primitiva, devido à falta de energia suficiente para impulsionar a evolução. Porém, é interessante pensar como a biosfera dessas luas geladas poderá se modificar com as mudanças no brilho do sol.

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