O que é a IA discriminativa e como ela pode ajudar os profissionais de marketing

20/12/2023 às 02:18 | Atualizado há 5 meses
20231219 inteligencia artificial no dia a dia

A inteligência artificial (IA) tem se tornado cada vez mais presente na produção de conteúdo, principalmente em formatos como vídeos. No entanto, essa ascensão da IA generativa traz consigo riscos que precisam ser considerados. Nesse sentido, a IA discriminativa pode ser a solução mais segura para os profissionais de marketing. Neste artigo, vamos explorar a diferença entre IA generativa e IA discriminativa, os riscos enfrentados pelos anunciantes ao veicular anúncios junto a conteúdos gerados por IA e como a IA discriminativa pode ajudar a mitigar esses riscos.

IA Generativa: criando conteúdo com base em algoritmos de aprendizado profundo

A IA generativa é capaz de produzir conteúdo usando algoritmos de aprendizado profundo, ao invés de analisar ou agir com base em dados existentes. Essa abordagem permite que a IA generativa crie diversos tipos de conteúdo, desde texto escrito até imagens e, recentemente, até mesmo vídeos. Essas ferramentas de IA já estão causando impacto em diversas indústrias, como entretenimento, arte, design, publicidade e mídia. Por exemplo, a tecnologia de IA ChatGPT é capaz de gerar conteúdo a partir de solicitações do usuário em questão de minutos, o que torna a produção de conteúdo mais rápida e eficiente.

Os riscos de anunciar junto a conteúdos gerados por IA

Com o aumento da produção de conteúdo gerado por IA, também aumenta o risco de disseminação de informações incorretas. As ferramentas de IA generativa criam conteúdo com base em consultas de usuários e padrões de linguagem aprendidos na web. Essa aprendizagem baseada na web pode resultar em informações não verificadas, tendenciosas ou irrelevantes, o que pode levar facilmente à disseminação de conteúdo enganoso e impreciso. A desinformação é atualmente considerada o 16º maior risco para a sociedade global, e em um cenário em que basta um único equívoco para prejudicar a reputação de uma marca e danificar seus relacionamentos com os consumidores, esses riscos são graves.

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Ao veicular anúncios junto a conteúdos gerados por IA, as marcas correm o risco de serem associadas acidentalmente a conteúdos que contradizem seus valores, comprometem sua missão ou até mesmo são perigosos. A OpenAI, por exemplo, alertou que a versão mais recente do GPT ainda é pouco confiável e pode “alucinar”, ou seja, inventar fatos ou cometer erros de raciocínio. A falta de nuances nas ferramentas de IA generativa atuais é algo que as marcas devem ter em mente para proteger sua imagem e reputação. Uma maneira de minimizar esse risco e evitar o posicionamento não intencional de anúncios é recorrer à IA discriminativa para determinar o conteúdo mais adequado para veicular junto aos anúncios.

IA Discriminativa: avaliando a validade e relevância do conteúdo

A IA discriminativa utiliza insights adicionais gerados por seres humanos para avaliar o conteúdo online, analisando sua validade e relevância para os anunciantes. A principal diferença entre a IA discriminativa e a IA generativa é que a primeira é baseada em intervenção humana, enquanto a segunda é baseada apenas em aprendizado de máquina. A IA discriminativa utiliza categorizações de conteúdo claramente definidas para realizar análises semânticas em tempo real e determinar a adequação de um anúncio em relação ao conteúdo. Essa abordagem mais sofisticada e nuanciada ajuda a reduzir o risco de veicular anúncios em conteúdos gerados por IA que possam ser prejudiciais ou conter desinformações.

Além de reduzir o risco de veiculação de anúncios em conteúdos gerados por IA, a IA discriminativa também oferece vantagens para os anunciantes. Ao utilizar insights gerados por seres humanos, o direcionamento de anúncios é mais propenso a atingir o público-alvo desejado e proporcionar acesso a consumidores com interesses semelhantes.

O futuro da veiculação de anúncios e a importância da IA discriminativa

Com o avanço contínuo das ferramentas de IA generativa e a crescente popularidade da produção de conteúdo por meio dessas tecnologias, é provável que os anunciantes precisem adotar uma abordagem mais nuanciada para a veiculação de anúncios. Embora a produção acelerada por IA possa expandir as oportunidades de alcance publicitário, utilizar a IA discriminativa sempre que possível para evitar riscos associados a conteúdos gerados por IA é essencial.

Em resumo, a IA generativa e a IA discriminativa são abordagens diferentes para a aprendizagem de máquina, cada uma com suas próprias aplicações e desafios. Enquanto a IA generativa é capaz de criar novo conteúdo com base em algoritmos de aprendizado profundo, a IA discriminativa avalia a validade e a relevância do conteúdo com a ajuda de intervenção humana. Ao adotar a IA discriminativa para a veiculação de anúncios, os profissionais de marketing podem reduzir os riscos de associar suas marcas a conteúdos gerados por IA que possam ser prejudiciais ou conter desinformações. Com as ferramentas de IA generativa se tornando cada vez mais avançadas, é fundamental que os profissionais de marketing estejam atentos a essas questões e adotem abordagens mais seguras para garantir a integridade de suas marcas.

Apaixonado por tecnologia desde cedo, André Luiz é formado em Eletrônica, mas dedicou os últimos 15 anos a explorar as últimas tendências e inovações em tecnologia. Se tornou um jornalista especialista em smartphones, computadores e no mundo das criptomoedas, já compartilhou seus conhecimentos e insights em vários portais de tecnologia no Brasil e no mundo.
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